Você conhece o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba? Apesar de possuir diversos atrativos naturais e estar localizado em uma das maiores cidades do estado, o PNRJ ainda é pouco conhecido da população. O Laboratório de Limnologia realiza pesquisas na região há mais de 20 anos, e com o intuito de divulgar o conhecimento gerado neste período e estimular a visitação aos ecossistemas do Parque, foi lançado o guia “Atrativos do PARNA da Restinga de Jurubatiba: Turismo e Educação Ambiental“. O guia é fruto de uma bem-sucedida parceria entre o ICMBIO e o NUPEM-UFRJ, contando com diversos membros do Laboratório em sua produção.
O PNRJ é uma das mais importantes áreas protegidas de restinga do Brasil. Nele podem ser encontrados diferentes tipos de formação vegetal, diversas lagoas costeiras e até mesmo um importante elemento da história do Rio de Janeiro. O nome do Parque deriva da palmeira Guriri, chamada de Juruba pelos índios nativos da região e encontrada em grande quantidade em toda a área do PNRJ.
O Parque apresenta diferentes tipos de vegetação, cada uma relacionada ao ambiente em que se encontra. A vegetação pós-praia, por exemplo é dominada por plantas rasteiras, que crescem diretamente na areia. Em um outro extremo há as florestas pantanosas e periodicamente inundadas, que podem alcançar mais de 15 metros e estão localizadas em solos úmidos próximos às lagoas. Outros tipos de formações importantes são a vegetação em moitas – que domina áreas arenosas abertas mais distantes da praia – e a vegetação aquática – presente em diversas lagoas e canais. Além do guriri, bromélias-tanque, cactus e árvores de Clúsia, são espécies muito presentes na vegetação do parque.
As lagoas costeiras estão presentes no Parque em diferentes formas e tamanhos. Elas podem ser formadas na foz de pequenos rios, pelo fechamento de braços de mar ou ainda por afloramentos do lençol freático. Uma característica importante de algumas destas lagoas é a grande concentração de substâncias húmicas em suas águas, o que as deixa com uma coloração escura, semelhante ao chá-mate. Essas substâncias podem servir de alimento para os organismos de cada lagoa, além de limitar a incidência de luz solar na coluna d’água, reduzindo a atividade das algas. Entre os grupos de organismos encontrados nestes ambientes, pode-se destacar o zooplâncton e os macroinvertebrados bentônicos.
O Canal Campos-Macaé é um dos atrativos do parque e possui importante valor histórico. Construído no final do século XIX por escravos, seu papel era o de transportar a produção de cana-de-açúcar da região. O canal possui um total de 96 Km e passa por algumas das maiores lagoas do parque. Suas águas históricas atraem hoje diversas espécies peixes e aves aquáticas.
O acesso e as atividades no PNRJ são regulados pelo ICMBIO. É proibido entrar com animais domésticos e em quase todas todas as lagoas é proibido pescar. Há diversas trilhas voltadas para o turismo e vários pontos com infra-estrutura desenvolvida, como banheiros, restaurantes e centro de visitantes.
Ficou curioso? Leia mais no Atrativos do PARNA da Restinga de Jurubatiba: Turismo e Educação Ambiental e clique aqui para ver o parque no Google Maps. Para informações sobre como obter o guia, entre em contato com a gente.
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