Você já deve ter visto aqui no blog alguns posts sobre bromélias…alguns de nós aqui do Laboratório de Limnologia nos aproximamos mais da água ao trabalhar com o ambiente aquático formado pela sobreposição das folhas dessas plantas. Apesar de nos passar despercebido, existe uma grande diversidade de organismos e de processos ecológicos atuando dentro delas.
Mas bromélias não ocorrem só no Rio de Janeiro, tampouco só no Brasil…podemos encontrar estas plantas desde a América Central até a Argentina (além de uma espécie na África do Sul). Estas plantasnão atraíram só o interesse dos membros do nosso laboratório, mas também de várias outras universidades pelo mundo.
Há 5 anos atrás, 12 pesquisadores se reuniram na Universidade da Columbia Britânica (Vancouver, Canadá) para apresentar o que vinham fazendo em seus locais de estudo e discutir projetos em comum. Desta reunião foi iniciado um projeto de cooperação internacional, com o objetivo de realizar experimentos coordenados em escala biogeográfica. Saímos daquela reunião com muitas ideias e embarcamos em diversos trabalhos. Foi fundado o Bromeliad Working Group (BWG).
Hoje, somos quase 40 pesquisadores – professores, alunos de pós-doutorado, doutorado e mestrado – de diversos países do mundo. E, para apresentarmos os novos membros deste grupo, discutirmos os trabalhos que foram realizados (e foram muitos!) e traçar novas metas para o próximo ano, estaremos nos reunindo novamente. Desta vez na cidade de Paraty, no sul do estado do Rio de Janeiro, entre 14 e 25 de setembro.
Vamos debater os resultados de um experimento replicado em escala biogeografica (Macaé [RJ], Ilha do Cardoso (SP), Argentina, Colombia, Porto Rio, Costa Rica e Guiana Francesa), apresentar resultados obtidos em outros experimentos e traçar novas colaborações.
Este grupo é um dos exemplos de que ciência não se faz individualmente – colaboração é primordial para o progresso.