Por Raquel Benac
A atividade “Luz, Água: Vida na água, água na vida” promovida pelo laboratório de Limnologia em Macaé na ‘´12a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia com o tema “Luz, Ciência e Vida” ocorreu no dia 20 de outubro de 2015 de 9h às 17h. A exposição mobilizou todos os integrantes do laboratório de ecologia aquática, desde alunos da graduação até doutorandos e técnicos, tanto no planejamento e confecção das atividades como na montagem e atuação no dia da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Um total de 213 estudantes, tanto do Ensino Básico como do Ensino Médio e 29 professores participaram da atividade.
Na entrada do estande, os participantes foram estimulados a refletirem sobre a questão de que nem sempre, lagoas de águas escuras são poluídas, como também, nem todas lagoas de águas claras estão limpas, através de uma dinâmica, na qual continha um cartaz com a pergunta ‘ Em qual dessas águas você tomaria banho?’ e dois frascos transparentes, um com a água da Lagoa Imboassica (a água clara, mas poluída) e outro com a da Lagoa Comprida (de aspecto escuro, porém limpa). Este momento foi muito interessante, pois os estudantes quando descobriam que a água escura não estava poluída, mas era assim, devido a fatores naturais, os participantes não acreditavam e ficavam muito curiosos. Essa curiosidade atuava como um estímulo para as outras atividades, o que era perceptível durante a explanação sobre a variedade da coloração natural das diversas lagoas do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (a maioria dos estudantes não conhecia o Parque), do mesmo modo, enquanto o experimento que simula o processo de lixiviação nas restingas era desenvolvido. Já no jogo sobre as cadeias tróficas em ecossistemas aquáticos de águas claras e escuras, os participantes conheceram de forma lúdica os principais caminhos e transformações da luz nestes ambientes, visto que, cartas de adivinhação sobre os organismos eram sorteadas, e os estudantes deveriam tentar acertar qual era o organismo, e durante este processo, os monitores montavam a cadeia trófica e explicando a importância da luz nos ecossistemas aquáticos.
Além disso, foi desenvolvida a atividade infantil da pintura da cadeia trófica, em ecossistemas aquáticos, onde alguns professores procuraram obter maiores informações sobre os organismos que compõem essa cadeia alimentar, juntamente com os monitores. Estudantes surdos, também foram recebidos, onde a dinâmica da cadeia trófica foi adaptada e interpretada em libras pela professora responsável pela turma.
Como desdobramento da exposição na SNCT, os integrantes do laboratório de Limnologia de Macaé pensaram na possibilidade de transformar todas as atividades desenvolvidas durante a exposição, em algo acessível e adaptável pelos docentes de Ciências da Educação Básica, que pudesse contirbuir na prática pedagógica sobre o tema luz nos ecossistemas aquáticos. Para isso, está sendo elaborado um recurso didático para professores de Ciências, que consiste na compilação de todas as atividades elaboradas para SNCT, as quais estarão no formato de roteiro pedagógico.
Deste modo, a experiência vivenciada pelos integrantes do laboratório de Limnologia em Macaé, além de possibilitar uma integração entre a universidade e a escola, contribuiu para a própria formação dos graduandos, e pós-graduandos, no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem, já que todos atuaram de forma ativa e colaborativa, desde o debate sobre as ideias para cada atividade da exposição, até a interação com os visistantes.
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