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Tecamebas, joias microscópicas.

andersongermano por andersongermano
06/09/2024
in Ecologia
3
Limnonews – Limnologia UFRJ
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Esse texto busca apresentar um pouco sobre o tema, mostrar um pouco da diversidade e beleza do grupo da Tecamebas, além de alguns porquês, caso existam.

post1 blog limno fig1
Fig 1 – Euglypha strigosa, colorida artificialmente, em Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) por Maxence Delaine, da Universidade de Franche-Comté (França). A imagem foi selecionada na edição de 2015 do Concurso de Imagens da Sociedade Microscópica Royal do Reino Unido, realizado a cada dois anos.

As Tecamebas são protozoários ameboides, unicelulares e heterotróficos que formam uma carapaça em volta da célula. Elas se encontram em praticamente qualquer ambiente que possua umidade, solos, rios e lagoas, além de os mais diversos ambientes. Essa carapaça pode ser feita de materiais aglutinados do ambiente ou criadas pelas amebas, que vão construindo as carapaças a sua volta. Elas podem ser muito pequenas, com 10 µm à 800 µm. Essas características e a grande variação de tamanho as tornam um grupo bem diverso em suas formas.

IMAGEM ESQUEMÁTICA ILUSTRADA DE TECAMEBA Difflugia-algemeen-350um
Fig 2 – Desenho esquemático de uma Tecameba. Desenho por Ferry Siemensma.

Os materiais utilizados geralmente são: cimento orgânico (proteinaceo) + material externo, sílica e calcário.

As que são formadas por material externo, costumam manter a aparência de acordo com o material no ambiente, como grãos de areia e o que mais for resistente o suficiente para compor essa carapaça e são chamadas de xenosomas (pois são de origem exterior).

post1 blog limno fig3.jpg
Fig 3 – Difflugia claviformis com a formação da teca utilizando grãos de quartzo. Imagens de Ferry Siemensma.

Já as carapaças que são formadas por sílica ou calcário possuem uma formação mais regular, arrumada, com formas bem específicas, algumas mais complexas que outras. E essas carapaças são chamadas de idiosomas (que vem de dentro).

post1 blog limno fig4.jpg
Fig. 4 – Imagem de uma Tecameba com a formação de sílica em Microscopia Eletrônica de Varredura e in vivo utilizando o microscópio com DIC. Créditos: Laboratório de Protistologia da UFRJ.

Mas e ai? O porquê de elas terem essa teca (carapaça)?

Então, essas tecas são utilizadas principalmente para serem uma forma de proteção desses seres que são ameboides, ou seja, dificultar com que predadores as comam e que elas sofram muita influência de mudanças físicas no ambiente. Elas podem sair quase toda ou ficarem inteiramente dentro da teca.

Logo, com tantas coisas diferentes podendo influenciar essas Tecamebas, em seus tamanhos e formas, elas passaram a ter uma enorme diversidade. Das mais simples, as mais complexas em formação, mas lembrando que todo e qualquer um desses processos se dá de forma bem complexa e trabalhosa para esses micro-organismos.

Mas bem, agora e por que joias? Alguns dos formatos feitos por esse grupo, assim como outros, possuem um certo padrão, e esse padrão dá uma certa beleza, por sua simetria, assimetria e as vezes até cores! Lembrando que em alguns indivíduos mostrados a cor se dá por causa da luz utilizada na microscopia ótica, ou na falta dela, como acontece em outros métodos.

Coletânea 1 do site Microoworld do Ferry Siemensma
Fig. 5 – Uma amostra da diversidade do grupo com suas cores e formatos. Créditos à página arcella.nl
Coletânea 2 do site Microoworld do Ferry Siemensma
Fig. 6 – Outra amostra do grupo em sua diversidade. Créditos à página arcella.nl

Existem outras técnicas para ver com mais precisão suas formas, principalmente detalhe de suas tecas, como a Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Um exemplo de suas imagens abaixo.

post1 blog limno fig6
Fig. 7 – Euglypha sp. em uma imagem de MEV. Créditos: Laboratório de Protistologia da UFRJ.

Dado esse pequeno gostinho sobre a beleza contida na biologia de micro-organismos, posso dizer que existem muito mais trabalhos de grupos que possuem sua beleza, dos menores tamanhos aos maiores, um certo apelo estético, dado pela seleção natural, por puro acaso. Existe também uma área artística relativamente nova voltada às microestruturas, um bom exemplo, essa publicação aqui Galeria de Imagens em Microscopia Eletrônica de Varredura, exemplos de Nanoarte aonde são mostradas diversas imagens feitas utilizando a Microscopia eletrônica de varredura.

Nesse link abaixo, sobre uma exposição chamada de Nanoarte, são feitas imagens utilizando a Microscopia Eletrônica de Varredura de Alta Resolução.

Cientistas fazem obras de arte a partir de imagens de microscópio.

Espero que, com essa breve leitura, tenha sido despertada a vontade em continuar a conhecer mais sobre o mundo biológico e mais de suas belezas escondidas, talvez por alguma técnica, ou simplesmente, na mudança nos olhos de quem a ver.

Para saber sobre os protozários e mais, vocês podem acessar.

http://arcella.nl/

http://istar.wikidot.com/start

http://www.ib.usp.br/zoologia/lahr/

Referências:

  1. Chardez, D.; Histoire naturelle des Protozoaires tchécamoebiens. Les Naturalistes Belges. 1967.
  2. Ogden, C. G. And Hedley, R. H., 1980. An atlas of freshwater testate amoebae. Oxford: University Press. 222 p.
  3. Siemensma, F. J. 2016. Microworld, world of amoeboid organisms. World-wide electronic publication, Kortenhoef, the Netherlands. http://www.arcella.nl.
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Comments 3

  1. rbozelli says:
    9 anos ago

    Bacana Anderson! Que não deixemos de lado este encantamento de biólogos pela diversidade da vida. Contar e separar é importante, emocionar-se também!

    Responder
  2. Pingback: Um pouco sobre os indicadores biológicos… | Laboratório de Limnologia/UFRJ
  3. Leticia Schmidt Arruda says:
    5 anos ago

    Parabéns pelo trabalho e por transmitir de forma acessível pra todxs, Anderson! 😍

    Responder

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