Provavelmente já houve algum dia de sua vida que, após acordar, você tenha se deparado com um assunto que lhe trouxe um sentimento de paz interior, que fez seus olhos brilharem e que fez você passar por um momento de êxtase na qual você não sabia que estava fazendo parte, você já deve saber do que eu estou falando, a reflexão sobre o milagre do universo, a vida. Pelo que sabemos, ela está presente apenas e unicamente aqui, devido às condições únicas propiciadas pela posição da Terra, não tão longe e nem tão perto. Então, você deve ter percebido, no momento em que a admirava, que tudo ao nosso redor parece ser tão magnifico, tudo funcionando bem em harmonia e em ótimo balanço dentre as vastas paisagens de um polo ao outro de nosso planeta, tudo interligado. Contudo, você deve ter percebido também que algo parecia estranho, algo que não era natural, algo que tentava quebrar esse equilíbrio, esse algo é a consequência do que a gente fez e do que estamos fazendo.
Nós, sábios humanos, viemos exaurindo cada gotinha de recurso do planeta de tal forma, que é difícil lembrar que eles são finitos e esquecemos por vezes das consequências que isso poderá nos trazer. O resultado disso é que achamos que a natureza trabalha pra gente, que ela nada mais é do que aquilo que ela nos serve, sem considerar sua existência como vida para que o balanço seja mantido, de existir só por existir. São os chamados serviços ecossistêmicos, aquilo de melhor que a natureza tem a nos oferecer e que podemos, ainda, atribuir um valor para usufruir de seus benefícios, mas como valorar algo que não tem preço? No nosso presente contexto econômico nós conseguimos, pois só o dinheiro é que interessa, não é? Errado. A economia, como o seu próprio nome já diz era para ser usada para a gestão do planeta, e não se desviar para se tornar aquilo que ela se tornou hoje, um recurso para alcançar grana e mais grana (quando isso aconteceu? Não me pergunte).
E é dessa forma que a valorização da vida se torna mínima, num contexto que somente nos preocupamos com nós, sábios humanos. E é dessa forma que mais desigualdades são criadas, a mesma história de sempre, o rico fica mais rico e o pobre fica mais pobre, mas é preciso que isso seja repetido para que não caia no esquecimento, para que isso não se torne algo rotineiro que ninguém ligue. E é dessa forma que o balanço global é rompido, domínios são quebrados, e nossa existência na Terra é comprometida, eu disse NOSSA existência, porque não adianta o que façamos, por maior que seja a destruição que causemos, por mais que a situação pareça se encontrar perdida, a Natureza vai se recuperar. Ela vai encontrar um jeito, aliás, ela sempre encontra um jeito, aqui nessa pequena janela de tempo é a nossa existência que está em jogo.
Parece que existem problemas demais para serem resolvidos, não é? Já que nossa existência é pequena, porque não deixar isso pra lá? Que outra pessoa mais corajosa e mais destemida os resolva em nosso lugar, porque me dar ao luxo de fazer algo se tudo parece correr bem pra mim? Novamente errado, errado e errado. Se quisermos realmente que as coisas mudem é necessário que algo mude, que você mude. Não estou pedindo que você tenha que deixar de fazer um monte de coisas que você goste, mas sim de pensar, se o que você está fazendo é o certo, se o que você está deixando de fazer é o correto, pense em suas ações (mas rápido porque o tempo voa Tic-Tac, Tic-Tac), pois quanto custa ter um mundo melhor pra todos? Quanto custa a vida? Quanto custa o seu tempo? (Tic-Tac)
Algo precisa ser feito, pois se não fizermos nada a respeito o futuro para as próximas gerações, mas o mais importante, a futura permanência de nós, sábios humanos, nesse balanço maravilhoso, no milagre do universo que é a vida, será comprometida. Mas que solução deverá ser aplicada? Porque parece que falar dos problemas é fácil, eu quero ver é resolvê-los! Pois bem, a ideia que ei de vos transmitir é apenas uma dentre várias, caberá a você buscar e pensar em outras soluções. Existe muita coisa boa por ai, então não importa se sua vida é curta ou não, se você passa por muitos problemas ou não, a solução é simples. Dê o melhor de você, talvez não seja fácil mudar o mundo, mas se você mudar o seu redor…. Seja você a mudança que quer ver no mundo, garanto que você não estará sozinho!
Carlos Victor Dourado Batista Estudante de Ciências Biológicas – Ênfase em Ecologia – UFRJ Bolsista FAPERJ
Parabéns Carlos, belo texto. Vamos juntos!!!