O laboratório de Limnologia da UFRJ desenvolve diferentes ações de extensão. Por exemplo, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e nos projetos de parceria com escolas públicas no município do Rio de Janeiro. Nessas ações são realizadas atividades abordam ensino de ciências e biologia, de maneira interdisciplinar e lúdica, com reflexões sobre água sob uma temática ambiental, integrado conhecimentos limnológicos, e um posicionamento científico tecnológico, partindo de problemas socioambientais que se relacionam à água.
Buscamos também contextualizar o tema água, tido como bem comum, que evolve conflitos quanto a sua gestão e usos nas diferentes organizações sociais. Os conceitos de água virtual e pegada hídrica se integram a discussão à medida que se entende a água como bem de consumo, questão essa abordada na atividade “O valor real das coisas”.
A água real é a quantidade de água que está de fato embutida em determinado produto. Água virtual é definida como a quantidade de água requerida na produção de commodities ou serviços (CHAPAGAIN; HOEKSTRA, 2004). E a pegada hídrica de um indivíduo, empresa ou nação é definida pelo volume total de água doce usada na produção de bens e serviços consumidos pelo indivíduo, empresa ou nação (CHAPAGAIN & HOEKSTRA, 2004).
Como acontece a atividade “O Valor Real das Coisas”?
Essa atividade é um jogo conhecido como caixa surpresa, que ocorre da seguinte forma, o aluno fica de frente para as caixas, que são fechadas e possuem apenas uma abertura suficiente para colocar a mão e parte do braço. O aluno pondo sua mão dentro da caixa descobrirá o que esta dentro da mesma, a partir daí há um diálogo entorno da quantidade de água que é necessária para fabricar tal material. Durante o diálogo foram utilizados infográficos que continham informações como a quantidade de água virtual, ou pegada hidrológica daquele material e também outras como aspectos econômicos e sociais que envolvem a produção dos mesmos.
Em cada caixa havia um material, sendo eles: jeans, garrafa pet, celular, e grãos de café. O critério da escolha foi serem materiais de consumo comuns, não perecíveis, e a princípio não oferecerem riscos aos participantes. Eram ao todo seis caixas, cinco com um dos materiais citados acima e uma com uma “geleca” para descontração com os participantes.
A atividade da caixa explora uma dinâmica onde “a sensibilidade estética é aflorada, num processo aberto de comunicação que permite a cada pessoa explorar, sentir, pensar, tocar de modo singular e autônomo” (SCHALL, 2003, p. 17). Com isso, estimula no público o desejo de se inserir no ambiente educativo de forma espontânea, utilizando como fio condutor a curiosidade, o lúdico, o cotidiano e o contexto socioambiental. A atividade trabalha também com os sentidos do tato para adivinhação e do olfato no caso do café.
Reproduza a atividade!!
As caixas foram produzidas no laboratório de limnologia com materiais baratos e fáceis de encontrar. Foram utilizadas caixas de papelão, fita adesiva para fechar as caixas, papel seda e papel celofane para cobri-las, cartolina para fazer os acabamentos, estilete para fazer a abertura na qual o participante coloca a mão e tecido TNT para cobrir a abertura de modo que os alunos não pudessem ver o que continha a caixa.
Parabéns Vanessa! Estamos torcendo agora pela monografia!
Oi Vanessa, sempre gostei muito deste trabalho. Parabéns pelo post, pela monografia e vamos tocar isto pra frente?