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Vamos falar de Ciência Cidadã?!

Thaís Pimenta de Almeida por Thaís Pimenta de Almeida
06/09/2024
in Educação
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Limnonews – Limnologia UFRJ
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Você sabe o que é Ciência Cidadã ou Citizen Science? Nas Ciências Naturais, desde o início do século XIX já existiam relatos de amadores, naturalistas e curiosos que se aventuravam em observações e coletas de registros, dados, e mesmo espécimes em diferentes ecossistemas. Todo o material obtido destas incursões em ambiente natural era levado a alguns centros especializados para ser analisado e catalogado. Nascia, então, os primórdios da pesquisa participativa e também do que, atualmente, denomina-se Ciência Cidadã. Embora a formalização do conceito de “Ciência Cidadã/ Citizen Science” e sua consequente divulgação só tenham ocorrido a partir de meados dos anos 1990, a prática em si é muito mais antiga e tradicional.

Imagem1
Iniciativas de Ciência Cidadã da Blue Change. Fonte: http://www.sibbr.gov.br/cienciacidada/projetos/bluechange/

A definição do termo refere-se ao atendimento das necessidades e das relações entre cidadãos e a ciência, de modo que a sociedade possa entender e aprovar os procedimentos e o caminho que a ciência percorre. Trata-se, então, de um processo participativo, em que estes cidadãos estão engajados junto à dinâmica de investigação e pesquisa e podem, por sua vez, fazer parte da tomada de decisões neste âmbito. É, primordialmente, uma aproximação entre voluntários e pesquisadores profissionais em prol de um mesmo objetivo científico.

Os modelos de Ciência Cidadã existentes em vários locais do mundo, inclusive no Brasil, contam com uma rede de voluntários que dedicam parte de seu tempo livre à coleta de diversos dados. As informações coletadas podem ter naturezas diversas, mapeamento de espécies, monitoramento de paisagens e ecossistemas, padrões de migrações de espécies, ocorrência de fenômenos climáticos e alterações de paisagens são alguns exemplos de contribuições. Estas informações são repassadas e avaliadas por grupos de pesquisadores profissionais e então podem entrar para uma base de dados que posteriormente será analisada, e mais uma vez, repassada para a sociedade. Ou seja, temos um ciclo em que o feedback dos dados coletados irá fazer parte de processos decisórios e de gestão, do qual a sociedade como um todo é beneficiada.

O emprego da abordagem de Ciência Cidadã tem muitas outras vantagens. Além de fomentar a comunicação e coprodução entre vários atores sociais, é também uma metodologia transdisciplinar, justamente por que conecta diferentes áreas e disciplinas com a tomada de decisões, o sistema político e de gestão. Permite também, independente da idade do usuário, o intercâmbio de conhecimentos e a popularização da ciência, de suas metodologias e resultados, sobretudo, práticos. Outro importante benefício, principalmente em tempos de cortes de gastos, é a ampliação tanto espacial, quanto temporal da coleta de dados realizadas por voluntários. Atualmente, a maneira mais comum de coletar e repassar estas informações ocorre por meio de softwares e aplicativos, os quais viabilizam que voluntários possam enviar os dados de vários locais e a qualquer hora, sendo necessário somente acesso a internet e aparelhos comportem os sistemas operacionais.

No cenário brasileiro, existem diversos projetos com iniciativa participativa. Na plataforma do Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr) é possível conhecer vários destes projetos atuantes no campo de Ciência Cidadã, e inclusive, participar deles! Para os organismos terrestres, existem iniciativas relacionadas à observação de aves (“Eu vi uma ave usando pulseiras?!”, “Wiki Aves”, “Cidadão Cientista”), mamíferos (“OIAA ONÇA”; “ZOOPE”), polinizadores (“Guardiões da Chapada”) e vetores de doenças (“AeTrapp”). Outros projetos buscam informações sobre ambientes e organismos marinhos, como baleias e golfinhos (“Brydes do Brasil”, “Blue Change”, “Onde estão as baleias e os golfinhos?”). O “EXOSS” coleta registros de meteoros, enquanto que o “ECOA” trabalha com reflorestamento e restauração em comunidades tradicionais e assentamentos. A variedade de projetos é grande, assim como a oportunidade de participar de algum deles.

Imagem2
Exemplo de fotografia de ave usando anilha/pulseira feita por voluntário da iniciativa Eu vi uma ave usando pulseira?! Fonte: http://www.sibbr.gov.br/cienciacidada/projetos/euviumaaveusandopulseira/

Os projetos de Ciência Cidadã também possuem alguns desafios, como a formação de novos perfis de voluntariados, o estabelecimento de parcerias e a motivação destes voluntários a longo prazo, bem como impasses de protocolos para coleta de dados. Por outro lado, cooperação com instituições e setores da sociedade podem criar boas oportunidades para que este tipo de abordagem seja alavancada, sanando as possíveis falhas de sistemas e processos. As iniciativas de Ciência Cidadã podem maximizar a diversidade dentro da pesquisa científica, de modo a estimular formas de pensamento mais holísticas e integradoras, a fim de que todos os participantes possam comunicar suas expectativas, conhecimentos e crenças em processos de tomada de decisão, gestão e conservação. Dessa forma, além de expandir a sensibilização com causas ambientais, a Ciência Cidadã pode também colmatar lacunas na complexa tríade Ciência-Sociedade-Tecnologia.

Literatura citada
Bonney, R. et al. 2009. Citizen science: a developing tool for expanding science knowledge and scientific literacy. BioScience, 59(11), 977-984.
Chase, S. K.; Levine, A. 2018. Citizen science: exploring the potential of natural resource monitoring programs to influence environmental attitudes and behaviors. Conservation Letters, 11(2), 1-10.
Eitzel, M. et al. 2017. Citizen science terminology matters: Exploring key terms. Citizen Science: Theory and Practice, 1-20.
SiBBr – Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira. Disponível em: <http://www.sibbr.gov.br/cienciacidada/>.
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