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O que nos move na ciência e na vida?

Laísa Freire

limnonews por limnonews
18/03/2025
in Educação, Relatos de Experiência
0
O que nos move na ciência e na vida?
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Para aqueles que reafirmam que no Brasil o ano começa após o carnaval, então 2025 começou! Com o novo ano, um novo ciclo de continuidades e descontinuidades… Novas experiências e vivências geradoras de conexões entre ciência e cultura se concretizam e se entrelaçam entre o acadêmico e o pessoal na vida de cada um.

 

Figura 1: Novo ano, um novo ciclo de continuidades e descontinuidades

Fonte: https://estuda.com/entendendo-a-explosao-de-cores-a-quimica-dos-fogos-de-artificio/

 

A questão ambiental, a sustentabilidade e o estar presente são pautas que me movem. Em um mundo líquido (Bauman, 2001), pensar, sentir e agir na construção de alternativas contínuas para enfrentar o colapso ambiental têm sido centrais nos projetos que desenvolvo no laboratório. As alternativas ecopedagógicas elaboradas buscam por formas mais estáveis, sustentáveis e significativas de existência que podem contribuir para a manutenção da sociobiodiversidade no planeta. Para você, quais são as agendas que lhe movem? O que lhe instiga a seguir? Pare um instante a leitura e reflita.

 

Agora vá aos poucos entrando no texto…

Quer conhecer os movimentos que tenho feito nessa jornada?

 

No movimento de descobrir o que me move, tenho aliado a corrida, um hobby “tímido” na minha vida, às trilhas, objeto frequente de investigação em projetos de Educação Ambiental que realizo. Nesse movimento encontrei muitas pessoas que valorizam a premissa de ser com a natureza a partir da ecomotricidade (Rodrigues, 2019). Entendi a corrida como meio de bem-estar físico, psíquico e social e o “banho de floresta” (Kotera e colaboradores, 2022), em caminhadas atentas na trilha, como experiências vividas que ensinam sobre as dinâmicas da natureza, sobre os “fixos e fluxos” [Barros (2020) a partir do par conceitual proposto por Milton Santos] no tempo e no espaço.

 

{Uso o verbo mover inspirada pelo conceito Freudiano de pulsão de vida e pelas discussões que temos realizado no grupo de pesquisa sobre encantamento e vivacidade (Figueroa-Figueiredo & Freire, 2024)}.

 

A cada percurso, tenho percebido que a trilha não é apenas um caminho a ser percorrido, mas uma ecopedagogia; um ambiente e território que se revela em sons, cheiros, texturas, ciclos naturais e antrópicos. É a partir da experiência vivida que percebo que, a corrida (e a caminhada) deixa(m) de ser um ato isolado, e passa(m) a integrar um processo de aprendizagem socioambiental, em que o ritmo do corpo (haja ritmo!) interage com os ritmos da cidade, do campo ou da floresta (me refiro a experiências recentes de corridas em trilhas na Mata Atlântica, na Floresta Nacional da Tijuca e no Parque Nacional da Serra do Órgãos). Dessa forma, ser na natureza é exercício de ecomotricidade que contribui ao reconhecimento e ao pertencimento, um diálogo entre saúde e ambiente que ressignifica minha própria relação com o mundo natural e valoriza a natureza/Pachamama como sujeito e agente. Essa noção inaugura modos outros de ser e estar na natureza, que superam o efêmero, o individual, o uso capitalista e extrativista nas relações humano-natureza e valorizam uma ética do cuidado de si, com o outro e com o mundo (Rosas e Freire, submetido à publicação).

 

Figura 2: Entrando na trilha do Parque Nacional da Serra dos Órgãos em Petrópolis

Foto: Laísa Freire

 

Outro movimento, aliou o Carnaval do Rio de Janeiro – 2025 à mobilização pelo clima. Tive a grata oportunidade de estrear na Marquês de Sapucaí, em uma escola do grupo de acesso cujo tema do enredo foi o Antropoceno. Do enredo destaco um trecho:

“[…] É Bicho morrendo queimado (ah, meu Deus)

Ipê tombado à ganância em profusão!

Desmatam a vida, garimpam os sonhos

Maré que deságua em Extinção! […]”

Ao desfilar em uma ala de “manifestação pelo o clima” pude, com a música e com o corpo, denunciar e difundir a questão ambiental, com foco na crise climática, para a sociedade em geral. O carnaval gerou espaços para a reflexão e o engajamento, mostrando que a festa e a luta podem caminhar juntas. O samba-enredo, os adereços e as alegorias transformaram-se em propostas de sensibilização emocional e estética.

 

Essa vivência reforçou na prática, a potência da arte e da Educação Ambiental, aliadas na construção de um futuro mais sustentável. Em ação recente, Willms e colaboradores (2024) no livro Sementes da arte-educação-ambiental contribuem com a ampliação da nossa maneira de fazer pesquisa, por meio da interlocução acadêmica com respeito às diversidades teóricas, “como uma ciranda, em que os textos dão as mãos às artes plásticas e fotografias” (Willms e colaboradores, 2024, 13p.). No mesmo livro elaboramos um capítulo (Figueroa-Figueiredo, Andrade & Freire, 2024) que parte do samba de Arlindo Cruz e José Mauro Diniz (Meu Lugar) para discutir a transcendência do cognitivo ao sensível nos processos educativos, valorizando a força da comunidade/cultura local de cada grupo social participante. Relatamos oito oficinas realizadas entre 2018 e 2023 que experimentam pedagogias ambientais em diálogo com a arte.

 

 Figura 3: Ala Coalização pelo Clima na Unidos da Ponte no carnaval do Rio de Janeiro 2025

Foto: Coalização pelo Clima

 

Nos projetos desenvolvidos na linha de pesquisa Educação Ambiental e Ensino de Ciências no Laboratório de Limnologia da UFRJ, temos buscado entender como as epistemologias ecológicas que emergem no campo ambiental (Carvalho & Steil, 2014) se configuram como uma possibilidade de ressignificar os ambientes/territórios em diálogo com a valorização da potência do ser. As epistemologias ecológicas se caracterizam pela busca da superação das dualidades modernas e pela possibilidade de reposicionar o humano em relação a outros organismos que habitam e compartilham o mundo.

 

Os projetos em andamento têm buscado entender:

  1.  O reconhecimento dos direitos da Pachamama como resultado da superação do sistema moderno/colonial de apropriação da natureza;
  2.  A agência da natureza presente em abordagens biocêntricas e cosmocêntricas que descentralizam a visão antropocêntrica de mundo;
  3.  Novas posturas na pesquisa em Ensino de Ciências e Biologia, Educação em Saúde e Educação Ambiental; suas contribuições metodológicas e performances na prática docente e profissional.

 

Postagens anteriores de Educação Ambiental aqui no LimnoNews apresentam percursos de pesquisa, resultados e ações de divulgação científica que mobilizam esses temas e inspiram atividades em diálogo generativo no conhecer e experienciar a vida. Essas atividades são realizadas em cursos de formação com professores e educadores ambientais.

 

Figura 4: Conhecer e experienciar em cursos de formação.

Foto: Laísa Freire

 

Nos movimentos relatados é possível reconhecer sinergias que emergem do diálogo entre diferentes áreas do conhecimento; que emergem dos encontros entre o acadêmico e o cotidiano. Tais sinergias possibilitam a construção de alternativas inovadoras, situadas e contextualizadas para a transformação da sociedade e para a formação ecocidadã.

 

Para fechar, deixo mais possibilidades de reflexão: como a ciência que você faz, está presente na sua vida? Como a sua vida está presente na ciência que você faz?

 

Referências

Barros, José D’Assunção. Fixos e fluxos: revisitando um par conceituai. Cuad. Geogr. Rev. Colomb. Geogr.,  Bogotá ,  v. 29, n. 2, p. 493-504,  Dec.  2020 .   Available from <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-215X2020000200493&lng=en&nrm=iso>. access on  27  Feb.  2025.  https://doi.org/10.15446/rcdg.v29n2.81618.

Bauman, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

Figueroa-Figueiredo, T.; Freire, L.M.; Relações entre Desencantamento, Vivacidade e Sustentabilidade: o que Pensam os Estudantes de Ciências Biológicas? Revista Bio-grafía. Escritos sobre la Biología y su enseñanza. ISSN 2619-3531. Año 2024; Número Extraordinario. Memorias XII Congreso Latinoamericano de Enseñanza de la Biología y la Educación Ambiental. Bogotá, 25, 26 Y 27 de septiembre 2024.

Figueroa-Figueiredo, T.; Andrade, C. Freire, L.M. Pintando Utopias com a Educação Ambiental: Possibilidades Pedagógicas a partir da Estética. In: Willms, Elni Elisa et al. (ed.) Sementes da arte-educação-ambiental. Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação, 2024. DOI: https://doi.org/10.11606/9786587047690

 Disponível em: www.livrosabertos.abcd.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/1358. 

Kotera, Y., Richardson, M. & Sheffield, D. Effects of Shinrin-Yoku (Forest Bathing) and Nature Therapy on Mental Health: a Systematic Review and Meta-analysis. Int J Ment Health Addiction 20, 337–361 (2022). https://doi.org/10.1007/s11469-020-00363-4.

Rosas, L. C.; Freire, L.M. Educação ambiental e educação em saúde: sentidos e conexões do cuidado de si, com o outro e com a terra, na formação superior em psicologia. Submetido à publicação.

Rodrigues, C. A ecomotricidade na apreensão da natureza:inter-ação como experiência lúdica e ecológica. Desenvolv. Meio Ambiente, v. 51, Seção especial: Técnica e Ambiente, p. 8-23, agosto 2019.

Steil, C. A., & Carvalho, I. C. de M. Epistemologias ecológicas: delimitando um conceito. Mana, 20(1), 163–183. (2014). https://doi.org/10.1590/S0104-93132014000100006

Willms, Elni Elisa et al. Sementes da arte-educação-ambiental. Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação, 2024. DOI: https://doi.org/10.11606/9786587047690 

Disponível em: www.livrosabertos.abcd.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/1358. 

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