Descripción de la pasante:
Licenciada en Educación Básica con Énfasis en Ciencias Naturales y Educación ambiental, de la Universidad de Antioquia, Colombia.
Magíster en Investigación en la Enseñanza y el Aprendizaje de las Ciencias Experimentales, Universidad de Huelva, España.
Candidata a doctora en Investigación en la Enseñanza y el Aprendizaje de las Ciencias experimentales, de la universidad de Huelva, España.
Trabaja como profesional de Educación en el Sistema de Alerta Temprana del Valle de Aburrá, proyecto de ciencia tecnología e innovación del Área Metropolitana del Valle de Aburrá, ejecutado por la Universidad EAFIT, Colombia, para la gestión del riesgo de desastres.
Periodo de la estancia: del 20 de enero al 20 de abril del 2025.
Mi estancia doctoral en la Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil, fue una experiencia marcada por el encuentro con otros saberes, con otras formas de pensar el mundo y de hacer investigación. El vínculo surgió casi por azar —o por la vida— gracias a una profesora colombiana, doctora en educación transdisciplinar, quien me conectó con la profesora Laísa Freire, del Laboratorio de Limnología, cuyo trabajo en educación ambiental resonaba profundamente con mi línea de investigación sobre formación docente en cambio climático. Dado que mi tesis aborda esta problemática desde una perspectiva local, este centro se convirtió en un lugar idóneo para nutrir mis ideas y abrir nuevos caminos.
Durante los tres meses de estancia, participé en clases de pregrado, en actividades escolares, eventos académicos, salidas de campo y en espacios de reflexión colectiva con el grupo de investigación en educación ambiental liderado por la profesora Freire. Estos encuentros no solo fortalecieron mi formación académica, sino que me brindaron la oportunidad de conocer personas que, desde sus distintas trayectorias, comparten el anhelo de construir un mundo mejor a través de la educación.
Fue un tiempo para reafirmar mis propósitos y tejer redes que sé que me acompañarán por muchos años. La posibilidad de construir conocimiento de forma colaborativa y transnacional fortalece el campo de la didáctica de las ciencias y de la educación ambiental, ámbitos que, como sostienen Loureiro (2012) y Sauvé (2005), deben anclarse en la vida, en los territorios y en la justicia socioambiental.

Durante la estancia experimenté confrontaciones intelectuales que me reafirmaron como una aprendiz en constante construcción. Me abrí a nuevas formas de entender la enseñanza de las ciencias, descubriendo miradas que amplían mi enfoque sobre el conocimiento didáctico del contenido (Shulman, 1986; Van Driel et al., 2002) y su aplicación en contextos afectados por fenómenos del cambio climático.
Dichas experiencias me confirmaron que este camino me apasiona profundamente, y que la investigación no es solo una labor profesional, sino una forma de mirar el mundo con curiosidad, como una científica que encuentra preguntas en cada rincón de lo cotidiano.
Vivir en Brasil también implicó habitar un espacio con costumbres similares y, al mismo tiempo, profundamente distintas a las de Colombia. Este intercambio cultural enriqueció mi mirada del mundo y reafirmó mi compromiso como habitante de esta tierra, como parte de un entramado mayor que exige nuevas formas de comprender y actuar frente a los desafíos socioambientales.
El diálogo constante con profesores, investigadores y estudiantes brasileños e incluso colegas de mi país, me permitió situarme en el mapa latinoamericano de la investigación educativa, reconociendo las tensiones, desafíos y oportunidades que compartimos como región.
Una brújula hacia el futuro
Esta estancia me permitió visualizar con un poco más de claridad mi futuro académico, reafirmar mis intereses y definir propósitos para esta travesía investigativa que recién comienza. Me recordó que el conocimiento se construye en colectivo, en movimiento, en conversación con otros y otras. Volví a casa con la certeza de que la educación ambiental no puede desligarse de los territorios, de las comunidades ni de los afectos.

Referencias:
- Loureiro, C. F. B. (2012). Educação ambiental crítica: fundamentos teóricos e possibilidades curriculares. São Paulo: Cortez.
- Sauvé, L. (2005). Una cartografía de las corrientes de educación ambiental. Revista de Educación, (extra 2005), 87–102.
- Shulman, L. S. (1986). Those who understand: Knowledge growth in teaching. Educational Researcher, 15(2), 4–14.
- Van Driel, J. H., Verloop, N., & De Vos, W. (2002). Developing science teachers’ pedagogical content knowledge. Journal of Research in Science Teaching, 39(2), 137–158.
Tradução:
Descrição da doutoranda/autora:
Licenciada em Educação Básica com Ênfase em Ciências Naturais e Educação Ambiental pela Universidade de Antioquia, Colômbia.
Mestre em Pesquisa no Ensino e Aprendizagem das Ciências Experimentais pela Universidade de Huelva, Espanha.
Doutoranda em Pesquisa no Ensino e Aprendizagem das Ciências Experimentais pela Universidade de Huelva, Espanha.
Atua como profissional de Educação no Sistema de Alerta Precoce do Vale de Aburrá, um projeto de ciência, tecnologia e inovação da Área Metropolitana do Vale de Aburrá, executado pela Universidade EAFIT, Colômbia, para a gestão do risco de desastres.
Período da estadia: de 20 de janeiro a 20 de abril de 2025.
O intercâmbio durante o Doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil, foi uma experiência marcada pelo encontro com outros saberes, com outras formas de pensar o mundo e de fazer pesquisa. O vínculo surgiu quase por acaso — ou pela vida — graças a uma professora colombiana, doutora em educação transdisciplinar, que me conectou com a professora Laísa Freire, do Laboratório de Limnologia, cujo trabalho em educação ambiental ressoava profundamente com minha linha de pesquisa sobre formação docente em mudanças climáticas. Como minha tese aborda essa problemática a partir de uma perspectiva local, esse centro se tornou um lugar ideal para nutrir minhas ideias e abrir novos caminhos.
Durante os três meses de estadia, participei de aulas de graduação, de atividades escolares, eventos acadêmicos, saídas de campo e de espaços de reflexão coletiva com o grupo de pesquisa em educação ambiental liderado pela professora Freire. Esses encontros não apenas fortaleceram minha formação acadêmica, como também me proporcionaram a oportunidade de conhecer pessoas que, a partir de suas diferentes trajetórias, compartilham o desejo de construir um mundo melhor por meio da educação.
Foi um tempo para reafirmar meus propósitos e tecer redes que sei que me acompanharão por muitos anos. A possibilidade de construir conhecimento de forma colaborativa e transnacional fortalece o campo da didática das ciências e da educação ambiental, áreas que, como afirmam Loureiro (2012) e Sauvé (2005), devem estar ancoradas na vida, nos territórios e na justiça socioambiental.
Durante a estadia, vivi confrontos intelectuais que me reafirmaram como uma aprendiz em constante construção. Abri-me a novas formas de entender o ensino de ciências, descobrindo perspectivas que ampliam minha visão sobre o conhecimento didático do conteúdo (Shulman, 1986; Van Driel et al., 2002) e sua aplicação em contextos afetados pelos fenômenos das mudanças climáticas.
Essas experiências me confirmaram que esse caminho me apaixona profundamente, e que a pesquisa não é apenas um trabalho profissional, mas uma forma de olhar o mundo com curiosidade, como uma cientista que encontra perguntas em cada canto do cotidiano.
Viver no Brasil também significou habitar um espaço com costumes semelhantes e, ao mesmo tempo, profundamente diferentes dos da Colômbia. Essa troca cultural enriqueceu meu olhar sobre o mundo e reafirmou meu compromisso como habitante desta terra, como parte de uma rede maior que exige novas formas de compreender e agir diante dos desafios socioambientais.
O diálogo constante com professores, pesquisadores e estudantes brasileiros, e até com colegas do meu próprio país, permitiu-me situar-me no mapa latino-americano da pesquisa educacional, reconhecendo as tensões, desafios e oportunidades que compartilhamos como região.
Uma bússola para o futuro
Essa estadia me permitiu visualizar com um pouco mais de clareza meu futuro acadêmico, reafirmar meus interesses e definir propósitos para essa trajetória investigativa que está apenas começando. Lembrou-me que o conhecimento se constrói coletivamente, em movimento, em diálogo com outros e outras. Voltei para casa com a certeza de que a educação ambiental não pode se desvincular dos territórios, das comunidades nem dos afetos.