LimnoNews
  • Sobre Nós
  • Ciência
  • Ecologia
  • Educação
  • Limnologia
  • Meio Ambiente
  • Sustentabilidade
  • Outros
    • Encontro Científico
    • Mudanças Climáticas
    • Relatos de Experiência
    • Ecossistemas
No Result
View All Result
  • Sobre Nós
  • Ciência
  • Ecologia
  • Educação
  • Limnologia
  • Meio Ambiente
  • Sustentabilidade
  • Outros
    • Encontro Científico
    • Mudanças Climáticas
    • Relatos de Experiência
    • Ecossistemas
No Result
View All Result
LimnoNews
No Result
View All Result

O plâncton: um universo microscópico nas águas

Por Fernanda Zucoloto

LimnoNews por LimnoNews
14/07/2025
in Limnologia
1
O plâncton: um universo microscópico nas águas
Share on FacebookShare on Whatsapp

A palavra plâncton vem do grego “planktós“, que significa “errante” ou “vagante”, que se refere a uma particularidade de organismos aquáticos que vivem suspensos na água e são incapazes de nadar contra a corrente, incluindo desde bactérias e algas microscópicas até pequenos animais, como crustáceos e larvas de peixes.

Estes grupos de seres são classificados de acordo com sua natureza funcional: o fitoplâncton, formado por microalgas fotossintetizantes; o bacterioplâncton, composto por bactérias fundamentais nos processos de decomposição; o virioplâncton, constituído por vírus; e o zooplâncton, que inclui pequenos animais, como os microcrustáceos.

Aqui neste texto vamos dar mais destaque ao grupo do zooplâncton e do fitoplâncton.

 

Figura 1. 1) Fitoplâncton; 2) Virioplâncton; 3) Bacterioplâncton; 4) Zooplâncton

Dentro dos animais que constituem o zooplâncton de águas doces , destacam-se três grandes grupos: a ordem dos cladóceros, que têm corpo em forma de gota e nadam com movimentos curtos e rápidos. Também são conhecidos como pulgas-de-água; o filo dos rotíferos, a origem de seu nome vem do latim rota, que significa “roda”, em referência à coroa de cílios que circunda a boca (chamada de mástax) desses animais e se move rapidamente para capturar partículas de alimento, criando a aparência de uma micro roda gigante em movimento; e a subclasse dos copépodes, ágeis nadadores com longas antenas.

Figura 2. 1) Um cladócero do gênero Ceriodaphnia sp.; 2) Um copépode da ordem Calanoida; 3) Um rotífero do gênero Keratella sp.

Figura 3. Esquema simulando a filtração de um rotífero. Adaptado de: KAPLAN, Sarah; NORTON, Sarah J. Scientist engagement and the knowledge–action gap. Agriculture and Food Frontiers, [S.l.], v. 3, n. 1, p. 1–9, 2022. DOI: 10.1002/aff2.136. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/aff2.136.
Já no fitoplâncton, os protagonistas são as diatomáceas, algas com parede celular de sílica em belíssimos formatos geométricos; as algas verdes do grupo Chlorophyta, presentes em abundância em ambientes aquáticos muito expostos à luz solar; e as cianobactérias, que embora sejam bactérias, fazem fotossíntese como as plantas.

Figura 4. 1) Diatomáceas; 2) Chlorophyta; 3) Colônias de cianobactérias.

Mas como estudar seres tão pequenos que nem conseguimos ver a olho nu? A resposta está na tecnologia! Nós, cientistas, utilizamos lupas para observar organismos um pouco maiores, como alguns copépodes e cladóceros, enquanto os microscópios ópticos revelam os detalhes finos de rotíferos, como números de espinhos e garras. Já o microscópio invertido, muito usado em laboratórios de ecologia aquática, é ideal para analisar amostras de microalgas do fitoplâncton sem precisar transferir os organismos para lâminas, o que facilita a observação e a contagem dos indivíduos tal como estão na água. Esses equipamentos são essenciais para identificar e entender quem são os habitantes invisíveis das águas doces.

Figura 5. 1) Microscópio estereoscópio (lupa); 2) Microscópio óptico; 3) Microscópio invertido.

Porém, mais do que uma simples curiosidade científica, e além do prazer de conhecer e estudar esses organismos per se, identificá-los é fundamental porque eles funcionam como indicadores da saúde ambiental. Isso significa que, ao analisarmos quais tipos de algas e pequenos animais estão presentes (ou ausentes) em um corpo d’água, podemos inferir se o ambiente está sofrendo com impactos, como poluição, falta de oxigênio ou excesso de nutrientes.

Do ponto de vista ecológico, o fitoplâncton e o zooplâncton têm papéis indispensáveis. O fitoplâncton, por realizar fotossíntese, é o principal produtor de energia nos ambientes aquáticos, transformando carbono inorgânico em carbono orgânico assimilável. Já o zooplâncton se alimenta dessa base energética e, por sua vez, serve de alimento para organismos maiores, como larvas de peixes, girinos, libélulas e outros macroinvertebrados aquáticos. Ou seja, esses organismos microscópicos são o elo entre os níveis tróficos inferiores (os produtores) e os superiores (os consumidores maiores), sustentando toda a cadeia alimentar.

 

Figura 6. Esquema de uma cadeia alimentar aquática.

Além disso, os desequilíbrios nas abundâncias desses grupos podem sinalizar processos prejudiciais ao ambiente, como a eutrofização — quando há excesso de nutrientes na água, geralmente por esgoto ou fertilizantes. Nesses casos, as cianobactérias, por exemplo, podem proliferar descontroladamente e formar florações tóxicas, prejudicando a vida aquática e até a saúde humana. Por isso, monitorar o fitoplâncton e o zooplâncton é essencial não só para entender os ecossistemas, mas também para proteger a qualidade da água que usamos e o equilíbrio da vida nos ambientes de água doce.

Em resumo, embora invisíveis a olho nu, os organismos planctônicos são fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos. Eles sustentam as cadeias alimentares, ajudam a manter a qualidade da água e refletem a saúde do ambiente em que vivem. Ao conhecermos melhor esses pequenos seres, não apenas compreendemos qual a função deles nos sistemas naturais, mas também nos tornamos mais conscientes da importância de preservar as águas doces, as quais são fontes essenciais de vida.

Previous Post

O que são características químicas e físicas da água e como isso impacta sua saúde?

Próximo Post

Diversidade animal e vegetal: Uma introdução às macrófitas e aos macroinvertebrados aquáticos!

LimnoNews

LimnoNews

Related Posts

Entre poças e lagoas, do PELD ao INCT: a trajetória recente da Limnologia UFRJ nas áreas úmidas da Restinga de Jurubatiba
Limnologia

Entre poças e lagoas, do PELD ao INCT: a trajetória recente da Limnologia UFRJ nas áreas úmidas da Restinga de Jurubatiba

setembro 10, 2025
Como a pesquisa funciona nos bastidores? Uma perspectiva a partir do Projeto de Educação Ambiental de Carajás
Limnologia

Como a pesquisa funciona nos bastidores? Uma perspectiva a partir do Projeto de Educação Ambiental de Carajás

agosto 27, 2025
QUANTO MAIS ÚMIDO MELHOR? NEM SEMPRE! – PROJETO ÁREAS ÚMIDAS (PROAU): CONHECENDO OS ECOSSISTEMAS DO RIO DE JANEIRO
Limnologia

QUANTO MAIS ÚMIDO MELHOR? NEM SEMPRE! – PROJETO ÁREAS ÚMIDAS (PROAU): CONHECENDO OS ECOSSISTEMAS DO RIO DE JANEIRO

agosto 13, 2025
Limnologia na prática: seja você mesmo um limnólogo!
Limnologia

Limnologia na prática: seja você mesmo um limnólogo!

agosto 6, 2025
A vista lá de cima: um voo limnológico sob a lente do geoprocessamento
Limnologia

A vista lá de cima: um voo limnológico sob a lente do geoprocessamento

julho 30, 2025
Diversidade animal e vegetal: Uma introdução às macrófitas e aos macroinvertebrados aquáticos!
Limnologia

Diversidade animal e vegetal: Uma introdução às macrófitas e aos macroinvertebrados aquáticos!

julho 30, 2025
Próximo Post
Diversidade animal e vegetal: Uma introdução às macrófitas e aos macroinvertebrados aquáticos!

Diversidade animal e vegetal: Uma introdução às macrófitas e aos macroinvertebrados aquáticos!

Categorias


LimnoNews é orgulhosamente mantido com WordPress