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QUANTO MAIS ÚMIDO MELHOR? NEM SEMPRE! – PROJETO ÁREAS ÚMIDAS (PROAU): CONHECENDO OS ECOSSISTEMAS DO RIO DE JANEIRO

Por Cláudio Marinho

LimnoNews por LimnoNews
13/08/2025
in Limnologia
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QUANTO MAIS ÚMIDO MELHOR? NEM SEMPRE! – PROJETO ÁREAS ÚMIDAS (PROAU): CONHECENDO OS ECOSSISTEMAS DO RIO DE JANEIRO

Figura 2: Logotipo do projeto PROAU

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As áreas úmidas (AUs) apresentam uma série de definições em função de diferentes aspectos. Por isso, diferentes nações elaboraram definições e classificações para AUs. No Brasil, foi estabelecido que “AUs são ecossistemas na interface entre ambientes terrestres e aquáticos, continentais ou costeiros, naturais ou artificiais, permanentemente ou periodicamente inundados por águas rasas ou com solos encharcados, doces, salobras ou salgadas, com comunidades de plantas e animais adaptadas à sua dinâmica hídrica.” (Junk et al., 2014).

De acordo com esta definição, você consegue identificar algum ambiente que se enquadre como uma AU? E perto da sua casa?

Além disso, foi proposto também uma classificação atualizada das AUs, em três sistemas: AUs costeiras, AUs interiores e AUs antropogênicas (resultantes da ação humana). Diante deste cenário e levando em consideração questões relacionadas às mudanças globais e possíveis impactos a que estes ecossistemas estão sujeitos, em 2019 foi submetido e aprovado, junto a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), através do Programa de Apoio a Projetos Temáticos, o Projeto intitulado “Matéria orgânica dissolvida (MOD) regulando ecossistemas aquáticos continentais: funcionamento e processos ecossistêmicos”. Com o objetivo de avaliar a dinâmica da MOD, além da qualidade da água, e a comunidade biótica (zooplâncton e fitoplâncton), em relação a uma abordagem do uso solo, foi iniciada uma ampla investigação, que incluíram 95 ambientes (veja mapa da Figura 1).

Figura 1: Mapa com a distribuição dos ambientes.

 

Fomos aos extremos do estado, como Itaperuna, Campos, Cardoso Moreira e Resende. Tal abordagem engloba as regiões Norte e Noroeste, região metropolitana do Rio de Janeiro e Niterói, Baixada Fluminense, Região Serrana, Região dos Lagos, Centro-Sul e Médio Paraíba.  Tal empreitada só foi possível, através da participação de diferentes Unidades da UFRJ (Laboratórios do Instituto de Biologia, Faculdade de Farmácia e Museu Nacional). Além do IFF, Campus Cabo Frio, do IFRJ Campus Nilópolis e UFRRJ. O sucesso dessas parcerias foi consolidada através da aprovação de um segundo projeto, em edital do mesmo programa da FAPERJ  em 2022, intitulado “Ocupação antrópica do entorno das áreas úmidas do estado do Rio de Janeiro: Consequências sobre a Qualidade da Água, Diversidade Funcional Ecossistêmica e Potenciais Serviços Prestados.”

Em função deste cenário, com uma perspectiva de estudos de longa duração, foi criado o PROAU, Projeto Áreas Úmidas (Figura 2). Tal abordagem, possibilita a realização de estudos que acompanham ecossistemas por um período prolongado. Desta forma, as modificações e possíveis respostas a fatores, como mudanças globais e intervenções humanas, podem ser observadas via obtenção de dados contínuos sobre a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas. Mas para manutenção de tais estudos, é de suma importância o papel das agências de fomento, em especial a FAPERJ. Pois, apesar dos problemas políticos e econômicos enfrentados pelo nosso estado nos últimos anos, a instituição vem conseguindo manter com certa regularidade a edição de editais em diversas áreas do conhecimento. Por isso, torna-se imperioso que a FAPERJ continue comprometida com o progresso da ciência e tecnologia do nosso estado, sem perder o olhar com questões socioeconômicas.  

Figura 2: Logotipo do projeto PROAU

Além da FAPERJ, quais outras agências de fomento você conhece? Sabem como funcionam e qual o seu papel? Clique neste link para saber mais →  (https://www.embrapa.br/principais-instituicoes-nacionais-de-fomento)

Então, agora podemos falar um pouco sobre por onde andamos e o que foi visto nestes quase cinco anos de atividade do PROAU. Nossas campanhas ocorreram em 2021 e 2022, na primeira fase do projeto. E agora na segunda fase, dentro de uma periodicidade semestral, de setembro a novembro de 2024 e maio a julho de 2025, com novas coletas programadas para os períodos de setembro a novembro de 2025 e abril a junho de 2026. Em função da distribuição geográfica, os estudos destas AUs contemplam uma complexa diversidade de ambientes, atendendo a classificação adotada no Brasil com relação a estes ecossistemas.  Encontramos lagos, lagoas e represas de incrível variedade quanto ao tamanho, volume d´água, profundidade, coloração da água, salinidade, fauna e flora (Figura 3).

Figura 3: Fotos de diferentes e representantes da flora e da fauna, ambientes estudados, além do gradiente da coloração da água, representada pela porção dissolvida observada nos frasco e do material particulado observado nos filtros.

Além de questões relacionadas ao seu estado de preservação com relação a ação humana, ou sob influência das mudanças globais, principalmente com relação a questões relacionadas à pluviosidade. Mas temos também alguns ambientes bem peculiares, que além de bem escondidos, nos reservam surpresas, no mínimo pitorescas, como os batizados pelo nosso grupo como “Lagoa da Boneca Enforcada” e “Lagoa da Cachaça” (Figura 4).

Figura 4: Lagoa Boneca Enforcada
Figura 5: Lagoa da Cachaça

Bom, mas acredito que além de toda questão científica, que possibilitará a produção de artigos científicos de relevância junto a comunidade científica nacional e internacional, o PROAU será capaz de promover inserções significativas na sociedade. Uma destas questões refere-se à formação profissional nos mais diversos níveis, através da participação de alunos de graduação, mestrado e doutorado. Além disso, temos a presença de representantes da comunidade local que fornecem o apoio logístico e nos abastecem com valiosas informações sobre o histórico dos ecossistemas. 

Outra questão relevante, consiste na produção de estudos sobre as AUs do Rio de Janeiro que atendam as demandas relativas a gestão destes ecossistemas por parte dos gestores, em função não apenas da preservação da fauna e da flora, mas também da manutenção do recurso hídrico, fundamental para a vida no nosso planeta. E, assim, se consolida a importância das AUs, pois além de funcionarem como locais de armazenamento de água, também trabalham como zonas de “amortecimento” da água da chuva, evitando ou minimizando enchentes.

Então “Mãos à Obra”! Não apenas relativa aos trabalhos de campo e laboratório, mas também pelo pessoal responsável pela divulgação científica. Em breve teremos mais notícias do PROAU. Por aqui mesmo ou através de outras mídias sociais e/ou outros meios de divulgação. Até breve. 

 

Referências

https://inau.org.br/site/images/e-book/c_c_inventario_das_areas_umidas_brasileiras_inau_e-book.pdf

Junk, W.J., Piedade, M.T.F., Lourival, R., Wittmann, F., Kandus, P., Lacerda, L.D., Bozelli, R.L., Esteves, F.A., Nunes da Cunha, C., Maltchick, L., Schöngart, J., Schaeffer-Novelli, Y. & Agostinho, A.A. (2014 a). Brazilian wetlands: definition, delineation, and classification for research, sustainable management, and protection. Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Environments, 24: 5-22. doi: 10.1002/aqc.2386

 

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