Aconteceu entre os dias 22 e 24 de janeiro, no Nupem-UFRJ, o I Workshop do Projeto Pronex-MERCAM, intitulado “Biogeoquímica do Carbono e Mercúrio na Bacia Amazônica“. Contando com a presença de pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, discutiu-se o estado do arte das pesquisas na região, a integração entre dados obtidos durante o projeto e perspectivas futuras.
O Pronex-MERCAM busca compreender a biogeoquímica do carbono e do mercúrio em rios e planícies de inundação amazônicos, com foco principal nas bacias do Rio Negro e Rio Solimões. Os estudos sobre carbono pesquisam a produção e emissão de gases-estufa, como CO2 e metano, buscando entender como características do ecossistema – como o pulso de inundação, por exemplo – afetam a dinâmica desses gases. Já os estudos sobre mercúrio buscam avaliar a presença do metal pesado na água e peixes da região. No Laboratório de Limnologia – UFRJ são desenvolvidas atualmente duas teses de doutorado e uma dissertação de mestrado no escopo do projeto.
Entre os participantes do Workshop destacou-se o pesquisador Dr. John Melack, da Universidade da Califórna em Santa Bárbara, que ministrou a palestra de abertura abordando o papel dos ecossistemas aquáticos amazônicos na emissão de gases-estufa. Já o Dr. Bruce Forsberg, coordenador do Pronex-MERCAM e pesquisador do INPA, apresentou alguns dados gerados durante o projeto, como a emissão de metano por solos florestais e o sequestro de carbono em sedimentos lacustres. Organizador do Workshop e professor do Laboratório de Limnologia, o pesquisador Dr. Vinicius Farjalla discutiu os recentes resultados obtidos pelo grupo referentes à emissão de CO2 e metano nas bacias estudadas.
“Este tipo de atividade é sempre necessário em um projeto assim” – diz João Henrique Amaral, aluno de doutorado do INPA. “A integração entre os diferentes grupos participantes é muito importante para padronizar os dados obtidos e planejar as publicações futuras. Esta fase é fundamental para consolidar tudo que fizemos nos últimos dois anos”, afirma.
Pedro Barbosa, aluno de mestrado do laboratório, concorda. “Nos últimos dias consegui resolver vários problemas que apareceram durante as minhas análises. Com certeza isso vai aumentar a qualidade da minha dissertação”.
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