Meu nome é Mauricio Mussi Molisani, sou biólogo de formação (UENF) e doutorado em Geoquímica Ambiental (UFF), e atualmente professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisador do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM) no Laboratório de Ecologia Aquática. Minha linha de pesquisa envolve a biogeoquímica de elementos químicos como C, N, P e metais em ecossistemas aquáticos costeiros, dentro de um continuum que envolve rios, lagoas, estuários e o mar costeiro. Dentro dessa linha avaliamos processos de transporte, transformação e destino desses elementos; sua relação como organismos, por exemplo,
através da eutrofização e contaminação por metais; além dos efeitos das atividades humanas na ciclagem dos elementos.

Atualmente, atuamos em ecossistemas aquáticos da região Norte Fluminense, incluindo bacias hidrográficas costeiras do Atlântico Sudeste no domínio da Serra do Mar, como as bacias do rio Macaé e São João; a Lagoa Feia; as lagoas do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba; e o reservatório de Juturnaíba; além de estudos sobre a contaminação de organismos no oceano costeiro. Esses estudos envolvem metodologias como sensoriamento remoto; técnicas analíticas como isótopos estáveis de C e N e espectrometria de massa; estudos hidrológicos através de medições de campo ou aplicação de modelos matemáticos; além de
marcadores genéticos, bioquímicos e histológicos de contaminação em organismos, como peixes. Como docente do NUPEM temos a divulgação cientifica como prioridade associada a pesquisas científica, visando gerar percepção na sociedade sobre o funcionamento e a importância dos ecossistemas e as profundas transformações que vêm sofrendo ao longo do tempo.

Além disso a divulgação científica contribui com políticas públicas para a preservação ambiental, através da participação de fóruns e conselhos ambientais, parcerias como o Ministério Público, emissão de laudos ambientais entre outras atuações perante a sociedade. Podemos citar o exemplo do projeto de extensão “Ciência em Sana” que leva para a comunidade do distrito do Sana dados científicos relativos à quantidade e qualidade das águas da bacia hidrográfica do rio Sana, divulgando de forma permanente aos alunos do Colégio do Sana, do Conselho Gestor da APA do Sana e comunidade em geral.

A minha primeira contribuição no blog da Limnonews foi o relato da minha participação no 8° Fórum Mundial da Água, que foi realizado pelo primeira vez no Brasil (“Por dentro do 8° Fórum Mundial da Água 2018” ). Mais recentemente, eu estimulei os alunos da disciplina de Poluição e Toxicidade em Sistema Naturais do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação do NUPEM/UFRJ, a compor dois textos para o blog sobre aspectos discutidos em sala de aula (“Microplásticos encontrados em água de nuvem podem influenciar o clima local e Vamos tomar um cafezinho com os peixes?”) que relatam a questão dos microplásticos encontrados na atmosfera e que pode estar influenciando o clima e a problemática da cafeína que está impactando peixes nos ambientes aquáticos.
Gostaria de parabenizar os idealizadores e atuais responsáveis pelo blog que deve ser divulgado de forma viral, tanto aí pelo Rio de Janeiro quanto aqui no interior, visando mostrar aos nossos alunos e a sociedade, os diversos aspectos das pesquisas limnológicas e consolidando o blog como um canal de divulgação cientifica.