Você já parou para pensar sobre como a qualidade da água que você consome é medida? E quais ferramentas são utilizadas para isso? Características químicas e físicas presentes nos ambientes aquáticos (como rios e lagos) podem determinar se podemos consumir a água e quais seres vivos podem viver nesses ambientes.
Mas afinal, o que são essas características químicas e físicas?
As características químicas e físicas são medidas que fornecem informações e determinam o perfil de um ambiente aquático, desde o nível de profundidade, a quantidade de nutrientes até a presença de poluição.
Existem inúmeras características da água que são avaliadas. Estas são classificadas como químicas quando relacionadas aos nutrientes como carbono, fósforo, nitrogênio; substâncias inorgânicas como metais (ex: ferro, cobre, manganês) e até mesmo análise de organismos como bactérias coliformes. Estas são medidas através de aparelhos laboratoriais como, por exemplo, Espectrofotômetro.

Por outro lado, as características relacionadas a propriedades ambientais como profundidade, luminosidade, temperatura, pH, entre outros são classificadas como físicas. As ferramentas utilizadas para medir as características físicas são inúmeras, como através de:
Disco de Secchi – mede a profundidade e entrada da quantidade de luz solar nos ambientes aquáticos;
Horiba U50 – é um tipo de sonda capaz de informar diferentes tipos de parâmetros como temperatura, pH, turbidez, salinidade, quantidade de oxigênio de forma automática. Podemos pensar que avaliar essas características seria como realizar um exame de rotina afim de monitorar a saúde do ambiente ou ajudar no diagnóstico de doenças, nesse caso, de problemas ambientais.


Por exemplo, o caso da contaminação da água no Rio de Janeiro em 2019, conhecido como “Crise da Geosmina”, que comprometeu por vários dias o abastecimento de água em pelo menos 50 bairros na cidade, foi possível entender a origem e o tipo da contaminação através da determinação de características químicas da água e, dessa forma, foram propostas soluções adequadas para o problema.
Dessa forma, através do monitoramento destas características é possível: preservar a biodiversidade aquática, comparar ecossistemas do ponto de vista ecológico através da quantidade de nutrientes, avaliar como um ecossistema pode mudar em diferentes períodos do ano, monitorar a poluição e propor soluções de tratamento.