A segunda escola que visitamos foi a Escola Municipal Chile, localizada no bairro de Olaria, administrada pela Prefeitura do Rio de Janeiro. A escola é voltada para as artes, sua principal forma de incentivo é por meio da música. Todos os alunos fazem aulas de diversos instrumentos toda semana. No dia da feira, tivemos a oportunidade de ficar na sala de música do colégio, ela era rodeada de violões e guitarras penduradas nas paredes.
Nosso dia na Feira de Ciências
Na nossa segunda feira de ciências, em parceria com o Projeto Fundão, levamos as mesmas atividades: 1- A atividade da molécula da água, que consiste na montagem da estrutura da molécula da água com jujubas. 2- Atividade da caixa: o valor real das coisas, onde discutimos a quantidade de água gasta na produção, no consumo e no descarte de materiais. 3- Atividade da Bacia Hidrográfica, onde estimulamos os alunos a visualizarem e compreenderem os componentes de uma bacia hidrográfica através de um desenho esquemático de uma folha de árvore.
A atividade da molécula da água foi coordenada pelo aluno do Laboratório de Limnologia Marcos Paulo, enquanto o Rafael ficou na atividade da Bacia hidrográfica. Eu, Carolina, fiquei responsável pela atividade da caixa. Discuti os termos de água virtual e pegada hidrológica. Notei que as crianças ficaram surpresas quando descobriam a quantidade de água gasta na produção de diversos materiais (jeans, café, garrafa pet, algodão), principalmente na fabricação do celular. Também contamos com a ajuda do estudante de Doutorado, Over Rozo, da Colômbia para realizar a quarta atividade, nosso lugar “Mandala”.
O desafio desse dia foi que ao invés de 1 hora teríamos 30 minutos com cada turma para realizar as 4 atividades da sala. Essa dinâmica foi corrida, pois teríamos menos de 15 minutos com cada grupo. Por isso, tínhamos que dosar o tempo de cada atividade para os alunos conseguirem passar em todas. Dessa forma, fiquei responsável por avisar a todos sobre o tempo, para não passar do horário programado.
A oficina também foi a mesma, na primeira etapa foi apresentado o jogo da Lagoinha, que possui o objetivo de discutir impactos antrópicos na lagoa a partir da estrutura e dinâmica deste ecossistema. A segunda etapa era a observação no microscópio, onde os visitantes observavam microrganismos presentes nos microscópios e lupas, como: copépodes; cladóceros; odonatas; quironomídeos e fitoplâncton. Nessa sala os alunos responsáveis foram: Sorana Lima, Carlos Vitor e Lohana Mello. A professora Laísa Freire ajudou na organização e supervisão tanto da oficina quanto das atividades.
Nesse dia, tínhamos um intervalo entre as turmas tanto na sala das atividades quanto na sala da oficina. Isso fez com que nosso grupo conseguisse observar os trabalhos dos alunos que estavam sendo apresentados na quadra da escola. Os alunos estavam empolgados e alegres com a exposição, chamando o nosso grupo do laboratório para apresentarem seus trabalhos. Sempre que íamos a uma mesa fazíamos perguntas sobre o tema falado. Um grupo de alunos nos chamou até sua mesa porque estávamos fazendo perguntas “difíceis de serem respondidas”, achamos interessante eles buscarem esse desafio. A exposição de trabalhos dos alunos estava linda, foi ótimo ter a oportunidade de circular pela escola.

Essa foi a 4° feira de ciências da Escola Municipal Chile. Os professores e os coordenadores foram bastante atenciosos e eficientes. No final da feira distribuíram uma lembrança para os monitores das atividades e oficinas. Esse pequeno gesto fez o nosso grupo perceber o quanto é importante perpetuar essa relação da universidade com a escola.
Equipe da Feira de Ciências no dia 27 de outubro:

Créditos das fotos: Arquivos do Laboratório de Limnologia/UFRJ.
Agora temos o desafio de construir atividades em conjunto com os docentes e buscando as particularidades de cada escola!