Dia 9 de Junho foi o dia Nacional da Imunização, no entanto, nem sempre essa data é lembrada pela maioria da população. Entretanto, a imunização é de extrema importância, pois há necessidade de manutenção da situação epidemiológica, e, portanto, se tratar é um dos pilares da saúde pública.
Inúmeros casos de reaparecimento de pessoas contaminadas pelo vírus do sarampo ocorreram, entre outros motivos, devido à crença errônea de que não mais necessitamos nos imunizarmos, em função da erradicação de várias doenças.
Em resposta a isso, a organização mundial da saúde (OMS) recomenda fortemente que os países tenham a devida atenção ao imunizar sua população, além de atender com urgência a todos os casos que sejam suspeitos.
Mas o que é imunização?
Imunização consiste em adquirir proteção imunológica contra doenças infecciosas. As vacinas imunizam de forma segura, pois são feitas com vírus da doença morto ou inoculado. Após injetado, o organismo não reconhece que o vírus está morto e produz substâncias para combatê-lo. Com isso, ao ter contato com a doença, o indivíduo irá produzir anticorpos necessários para o combate da mesma. É mais seguro a imunização por meio de vacinas que possuem estudos comprovando a sua eficácia do que ter contato com o patógeno para o desenvolvimento do anticorpo, como acreditam alguns grupos.
Há cerca de vinte anos o sarampo é considerado uma doença erradicada no Brasil, no entanto, recentemente a organização mundial da saúde (OMS) relatou surto da doença. Nos primeiros meses de 2018 nove países confirmaram casos de sarampo e foram registrados cerca de 900 casos no total de registros nestes países.
Conforme mostra o gráfico, em 1992 o Programa Nacional de Imunização (PNI) iniciou o plano de controle de imunização do sarampo. A campanha nacional de vacinação foi realizada com êxito em 96% da população em um curto período de tempo, entre abril e maio. O plano funcionou, pois os registros da doença foram minimizados rapidamente segundos os dados fornecidos pelo Programa Nacional de Imunização (PNI):
- 778 casos registrados em 1990
- 990 casos registrados em 1991
- 234 casos registrados em 1992
Paralisia infantil, surdez, cegueira e problemas neurológicos, são algumas sequelas que pessoas infectadas pelo vírus do sarampo podem ter, logo, a necessidade de vacinação é de vital importância para manter a população protegida e tais doenças permanecerem erradicadas.
O sarampo é altamente contagioso e transmitido por contato com as secreções da via respiratória. Gotículas com partículas virais eliminadas na tosse, espirros ou mesmo durante a fala de um paciente com sarampo podem permanecer no ar durante várias horas, especialmente em locais fechados. A única forma de prevenção da doença é através da vacinação.
A vacina tríplice viral é oferecida gratuitamente pelo PNI (Programa nacional de imunização) e é disponibilizada gratuitamente em todos os postos de saúde, independente de classe social ou do local de residência. Todas as pessoas podem ter acesso à imunização. A tríplice viral protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba. De acordo com a OMS é necessário que 95% das crianças sejam vacinadas, por se tratar de um vírus altamente contagioso. Para ser considerado protegido, todo indivíduo dever ter tomado duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês. Para crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam como rotina duas doses, uma aos 12 meses e a segunda quando a criança tiver entre um ano e dois anos de idade, junto com a vacina varicela.
Vacinar os filhos é de inteira responsabilidade dos pais que possuem o papel de cuidar da integridade física dos seus filhos. É de suma importância que os mesmos não deixem de cumprir com sua responsabilidade. O ato de não imunizar na infância é prejudicial à toda população brasileira, pois todos ficarão expostos a infecções antes controladas no país.
Referências:
FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz) 2018. Portal. Disponível em <https://portal.fiocruz.br/noticia/vacinacao-e-essencial-para-erradicacao-do-sarampo> . Acesso realizado em 10/06/2018
MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Programa Nacional de Imunizações: 30 anos. Ministério da Saúde, 2003.
Excelente matéria
Parabéns