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Macroinverte…o que?

Joseph Ferro por Joseph Ferro
06/09/2024
in Ecologia
15
Limnonews – Limnologia UFRJ
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Macroinverte… O QUÊ? Você pode repetir? Inevitavelmente essas perguntas surgem quando há um discurso à respeito de um importante grupo de organismos dos ecossistemas aquáticos, os macroinvertebrados bentônicos. Apesar do nome complicado, é muito simples entender quem eles são e a sua importância nos ambientes aquáticos. O fato de ser antecedido pela palavra “MACRO” não quer dizer que esses organismos sejam monstruosos ou gigantescos, isto é apenas uma nomenclatura utilizada para definir os INVERTEBRADOS que são retidos em redes de malhas de 0,5 mm (definição da EPA).

Desta forma, separamos os macroinvertebrados dos microinvertebrados, ou seja, do zooplâncton. Organismos bentônicos são aqueles seres que colonizam o substrato dos ecossistemas aquáticos, pelo menos em uma etapa do seu ciclo de vida. Entendemos como substrato o sedimento de fundo dos ecossistemas aquáticos, que podem ser argilosos, arenosos, de cascalho, dentre outros.

Simplificando, o sedimento de fundo é o chão dos rios, lagos, lagoas e etc. Neste caso, os organismos bentônicos ficam enterrados neste solo que é mais inconsolidado. Há também o substrato consolidado, onde os organismos podem ficar aderidos à sua superfície, como rochas, plantas aquáticas, folhas depositadas no fundo dos rios dentre outros. Na figura 1 há uma representação situando os micro-habitats citados.

Habitats dos macroinvertebrados bentônicos
Figura 1: Representação esquemática de um corte transversal de um riacho demonstrando os possíveis locais de colonização dos organismos bentônicos; 1 = areia/cascalho; 2= rochas; 3 = plantas aquáticas; 4 = folhiço proveniente da vegetação marginal (vegetação do entorno do riacho).

Desta forma, reunindo os conceitos de macroinvertebrados e de organismos bentônicos, podemos concluir que esses organismos são invertebrados, com comprimento corporal acima de 0,5 mm, que vivem associados a algum tipo de substrato em algum momento (estágio) de sua vida.

Os macroinvertebrados aquáticos que podem ser encontrados estão distribuídos em uma gama de grupos taxonômicos: Platelmintos (planárias), anelídeos (minhocas, sanguessugas), moluscos (caramujos e bivalves), crustáceos (camarões, caranguejos), insetos e outros (Fig.2). Grande parte dos macroinvertebrados bentônicos que são encontrados no ambiente aquático está em sua forma juvenil, que ao completar o seu ciclo de vida imaturo, emerge da água e coloniza o ambiente terrestre a fim de se reproduzir, é o exemplo das libélulas.

Macroinvertebrados
Figura 2. Macroinvertebrados bentônicos que podem ser encontrados nos ecossistemas aquáticos evidenciando os diferentes grupos taxonômicos: (A) Olygochaeta; (B) Gastropoda; (C) Ceratopogonidae (Diptera – Insecta); (D) Ephemeroptera (Insecta) e (E) Elmidae (Coleoptera – Insecta). Foto: Cortesia de Guilherme Alfenas.

Os macroinvertebrados são considerados importantes componentes dos sistemas aquáticos, pelo fato de que estes participam de diversos processos nestes ambientes como a ciclagem da matéria, fluxo de energia, sendo principal fonte alimentar de peixes, ligando estes à produção primária. Os macroinvertebrados também atuam na liberação de nutrientes estocados no sedimento para a coluna d’água pelo processo conhecido como bioturbação.

Libélula jovem e adulta
Figura 3. A libélula é um macroinvertebrado bentônico que na sua fase imatura (ninfa) se encontra no ambiente aquático, enquanto que em sua fase madura (adulto) no ambiente terrestre

A maioria desses organismos tolera faixas muito restritas das alterações ambientais, ou seja, mudanças na abundância (quantidade de organismos) e riqueza (número de espécies) da comunidade desses organismos podem indicar impactos ambientais. Desta forma, os macroinvertebrados bentônicos são considerados excelentes bioindicadores da qualidade da água sendo utilizados em diversos biomonitoramentos. Após esse breve resumo sobre a importância dos macroinvertebrados bentônicos para os ecossistemas aquáticos e sobre a utilização destes como ferramentas para indicar a saúde desses ecossistemas, você pode pensar nestes organismos como valorosos aliados nos estudos limnológicos.

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Comments 15

  1. Rodrigo Felix says:
    12 anos ago

    Parabéns Joseph, ficou bem interessante e didático.

    Responder
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