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Qual a relação entre o zooplâncton e a matéria orgânica dissolvida na água?

casanovacla por casanovacla
06/09/2024
in Ecologia
4
Limnonews – Limnologia UFRJ
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Esta postagem de hoje é, antes de tudo, um convite. E, quando convidamos, procuramos não decepcionar nossos convidados. Acho que este é o caso. Amanhã, dia 26/02, às 10h, no Salão Azul do Instituto de Biologia, eu, Clarice Casa Nova dos Santos, aluna do Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PPGE) e do Laboratório de Limnologia vou defender minha dissertação de Mestrado. Intitulado “Comunidade zooplanctônica em gradientes húmicos em ecossistemas costeiros do Norte-Fluminense”, este trabalho foi desenvolvido sob orientação do prof. Reinaldo Bozelli.

Voltamos ao tema das substâncias húmicas, aspecto de grande relevância no funcionamento de ambientes aquáticos das restingas do norte-fluminense. As substâncias húmicas representam cerca de 60- 95% do carbono orgânico dissolvido naqueles ambientes, sendo importantes constituintes para a regulação de processos envolvendo as comunidades aquáticas. São formadas principalmente através da decomposição incompleta de material vegetal alóctone e levadas do ambiente terrestre para o ambiente aquático por escoamento. Essas substâncias agem no ecossistema aquático alterando a estrutura trófica, agindo como estressoras de organismos aquáticos e limitando a disponibilidade de nutrientes, por exemplo.

Gradiente de substâncias húmicas (cor) dos ambientes estudados.
Gradiente de substâncias húmicas (cor) dos ambientes estudados.

A resposta da comunidade zooplanctônica à presença destas substâncias nos ambientes aquáticos permanece pouco estudada, especialmente nos ambientes altamente húmicos do estado do Rio de Janeiro. E é nesta linha que vai este trabalho, que procura apontar a potencialidade da comunidade zooplanctônica (composição, abundância e biomassa) como indicadora de gradientes húmicos naturais. Este gradiente foi obtido em 7 ambientes que ocorrem dentro do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba.

Um dos ambientes 'maravilhosos' estudados, um convite para os olhos.
Um dos ambientes ‘maravilhosos’ estudados, um convite para os olhos.

Os resultados que serão discutidos com a banca formada pelo Prof. Dr. Jean Valentin, do departamento de Biologia Marinha e o Prof. Sérgio Bonecker, do departamento de Zoologia, apontam para uma diminuição na densidade de organismos zooplanctônicos ao longo do gradiente de carbono orgânico dissolvido, sendo os ambientes menos húmicos mais densos no que se refere às populações de Cladocera, Rotifera e Copepoda. Amebas testáceas, no entanto, foram mais abundantes em ambientes mais húmicos. Organismos micrófagos foram mais presentes nos ambientes com maior concentração húmica, provavelmente devido à maior importância da alça microbiana nestes ambientes.

Algumas espécies – como Scapholeberis armata (Cladocera) e Lecane boettgeri (Rotifera) – foram encontradas apenas em ambientes com maior concentração húmica. Scapholeberis armata, em particular, foi táxon que ocorreu apenas no ambiente mais húmico e possui algumas peculiaridades que possivelmente influenciam no seu sucesso neste ambiente, como coloração escura e hábito micrófago.  A biomassa zooplanctônica, como a densidade de organismos, foi maior em ambientes com menor concentração de substâncias húmicas. Entretanto, ao contrário do que era esperado, não se pôde observar uma diferenciação clara entre a proporção de biomassa de micro:macro zooplâncton ao longo do gradiente estudado, especialmente devido à predominância de cladóceros pequenos e estágios de copépodos na maioria dos ecossistemas estudados. Apesar de não ter se mostrado eficaz na corroboração das hipóteses propostas por este estudo, a análise da biomassa zooplanctônica nestes ambientes promete estimular uma discussão importante a respeito do funcionamento e estruturação das comunidades nestes ecossistemas húmicos.

Venha participar deste momento e conosco aprofundar aspectos da ecologia de ambientes aquáticos da restinga do norte fluminense!

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Comments 4

  1. RafaGuariento says:
    12 anos ago

    Oi Clarice,

    Parabéns por concluir mais esta etapa! Eu tenho duas perguntas: Existem muitos trabalhos que mostram que o sal tem um efeito semelhante a um predador quanto se trata de zooplankton. Isto é, quanto maior a salinidade maior é a predominância de zoo de pequeno porte. Você fala que zoo maior (tipo Cladóceros e copépodos) estão exatamente onde é mais húmico mas será que o efeito não é por causa do sal? O que eu quero dizer é, existe uma co-variância negativa entre sal e subs. húmicas e em ambientes pouco húmicos tem muito sal e vice-versa. Logo o seu padrão encontrado não seria necessariamente em função das subs húmicas mas sim do sal! Você chegou a usar salinidade nas suas análises?

    Outra coisa seria me relação a densidade em si, muitos estudos apontam que em sistemas húmicos a produtividade secundária é reduzida devido a baixa produtividade primária. Muito em função da redução da radiação fotossiteticamente ativa. Seria essa a explicação do efeito negativo das subs húmicas na densidade de zoo, ou seria um efeito top down?

    Muita boa sorte na defesa!!!

    Responder
    • casanovacla says:
      12 anos ago

      Fala Jabour,
      obrigada pelos parabéns!! Realmente foi uma suuper etapa vencida. Então, a respeito da variação da comunidade em relação ao sal, tentamos diminuir essa influência o máximo possível escolhendo ambientes de água doce apenas. Realmente a salinidade é um fator importantíssimo para a minha comunidade e foi incluído nas minhas análises. O máximo de salinidade que eu encontrei foi 1,7 em Bezerra. O macrozooplancton foi dominante em todo o estudo, em termos de biomassa, mas se observarmos o hábito alimentar dos organismos com maior abundância podemos ver que ambientes mais húmicos tem mais comedores de detritos e bactérias do que nos menos húmicos.
      A outra relação que vc aponta foi uma das minhas hipóteses: que haveria inclusive uma menor biomassa fitoplanctônica nestes locais onde a radiação é reduzida e limita a produtividade primária. Não encontrei essa relação neste estudo e nas inúmeras horas de leitura (rsrs) encontrei duas referências (Heize et al,2012 e Carlson e Tesser, 1995) que indicam que a relação fito- e subst. húmicas não é necessariamente de limitação. Um destes artigos fala especialmente da foto-oxidação do carbono em lagos muito húmicos que produz componentes mais lábeis que seriam mais facilmente utilizados pelos produtores. Por outro lado, como ‘especulação’ geral, acho que há uma diferenciação na composição do fito nestes lagos muito húmicos o que poderia suprimir este déficit esperado na produtividade.

      Não sei se deu pra responder tudo, mas vai aí a tentativa…
      Desculpe a demora…
      bjooos e saudades!!!

      Responder
  2. Pingback: ESA 2014 – A Limnologia/UFRJ estava lá! | Laboratório de Limnologia/UFRJ
  3. LUCIANO SILVA JORGE says:
    10 anos ago

    Olá, Clarice, primeiro parabéns, ao ler seu anunciado, me enterssou muito saber qual foi o resultado do seu trabalbo. Eu sou acadêmico do curso de Biologia PUC-GO em Goiânia, e estou iniciando meu TCC, em Liminologia, sobre zoolplâncton, em especial na idêntificação e ecologia dos organismos, gostaria de ter um suporte seu, com a blibliografia, pois me ajudaria bastante, agurdo seu retorno.

    Responder

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